quinta-feira, 7 de abril de 2011

PROVISÓRIO COLETIVO CULTURAL + RASGADA COLETIVA

domingo, no lago de araçoiaba, a partir das 16 horas. COLAE!


 
TIJOLO, por tati plens







IVANEI TEIXEIRA, por jônatas rosa




NEDA, por marina hungria





sexta-feira, 1 de abril de 2011

CINE LAGÃO

Estamira (2004)

SINOPSE: Documentário mostra o cotidiano de Estamira, mulher com problemas mentais que vive em um lixão da Baixada Fluminense.

FICHA DO FILME

  • Título original: Estamira
  • Gênero: Documentário
  • Ano: 2004
  • Cor: Colorido
  • Classificação: Não recomendado para menores de 10 anos
  • País: Brasil






DOMINGO, A PARTIR DA 18 HORAS, NO LAGO DE ARAÇOIABA. COLA AE!



quinta-feira, 31 de março de 2011

BINGO! BINGO! BINGO! BINGO!

Kitaoka na frente. Ao fundo, Rasgada Coletiva, grandes parceiros
Nada como poder contar com a colaboração do comércio local


O olhar curioso de Carol Mayfer, a fotógrafa nossa de cada dia.

Ninguém sabia como um bingo funcionava, mas o brinquedo estava ai.

Inigualável. Sensacional. Esse é o Ivanei velho de guerra e sua MPB de primeira

A sempre coletiva casa da Angélica foi o espaço perfeito para o bingo.

Débora, Ari e Ferraz, parceiros pra toda hora.

Depois que a galera aprendeu como funcionava o bingo, foi só alegria.

Porque é do começo que se começa


Antes, o discurso. Inúmeras vezes estivemos reunidos. Pensávamos, teorizávamos, discutíamos. Queríamos algo. Algo diferente. Tínhamos a certeza de que não estávamos contentes com o cenário que víamos. Queríamos construir também. Tínhamos a certeza de que podíamos “fazer” cultura.

Não era do nosso feitio, como ainda não é, negar os avanços. Sim, eles aconteceram. Devem, portanto, receber os elogios necessários. Mas estão, como tudo, sujeitos a críticas. Ficávamos nesse meio termo: avançou, mas queremos mais.

No entanto, era discurso. Era conversa jogada fora, entre um cigarro e outro, entre um copo de cerveja e outro. A ação ficava para amanhã. E amanhã parecia nunca chegar.


Em dezembro de 2010 nós cansamos de tanta conversa. Era a hora, tínhamos que agir. Começamos pelo simples. Uma proposta simples e, ao mesmo tempo, construtiva. Montamos um cineclube. O nome? Garapa com Cinema. A ideia era exibir filmes que pudessem, na medida do possível, trazer algum tipo de debate que acrescentasse algo para Araçoiaba da Serra.

O primeiro longa foi exibido em janeiro de 2011. O filme “Escritores da Liberdade” foi o escolhido. História bacana, drama de superação. A galera apareceu, comentou, curtiu a proposta. Depois veio “Na Natureza Selvagem”, que falava de liberdade, de busca por si próprio. Foi seguido por “Elefante”, filme pesado, denso. Trouxe a discussão sobre bullying, tema tão recorrendo nos dias atuais.


Pronto, éramos um grupo que agia. Surgiu, então, o incentivo da Rasgada Coletiva para que organizássemos o Grito Rock em Araçoiaba. O primeiro na cidade. O Grito Rock é um evento de música independente que acontece em rede. Em 2011, mais de 100 cidades e 9 países da América Latina estiveram envolvidas na proposta.



Nesse meio tempo, mais uma ideia: o “Estacione na Música”. Num domingo qualquer, decidimos ocupar um espaço público, no caso o Lago Municipal da cidade, para levar shows musicais de qualidade e gratuitos. Deu certo. As pessoas aprovaram a ideia.


E a organização do Grito Rock seguia firme e forte. Cheia de tropeços, é verdade. Primeiro, nossa inexperiência no assunto. Depois, a negativa de apoio do poder público de Araçoiaba. Durante quase dois meses, nos desdobramos para realizar o evento. Tínhamos tudo contra nós. Não saia a autorização. Não conseguíamos acertar a estrutura necessária.


Ai veio o bingo, um das maneiras de levantar fundos para o evento. Foi um sucesso. Foi divertido. Foi memorável. Todo mundo participou. Todo deu o sangue para realizar o bingo. A grana que entrou foi bastante considerável. Tínhamos, ao menos, alguns trocados em caixa.



Depois de muita luta, de muita negativa, de muita briga, de muito cansaço, chegou o grande dia. O dia do Grito Rock Araçoiaba. A manhã de 12 de março amanheceu a pior possível. O céu desabava em Araçoiabinha. O evento deveria começar às 14 horas. Até esse horário, choveu. E choveu muito. A equipe do Provisório Coletivo Cultural continuava os preparativos debaixo d’água. Amarra aqui, junta ali. Levanta acolá, emenda dali. Corre de lá, liga do outro lado. E a chuva caindo.



Por fim, o sol resolveu aparecer. E ai, só alegria. Os shows começaram. A cada banda, uma alegria. O público vibrava, curtia. Na rua, a oficina de skate cativa a garotada. No outro canto, o malabares e a pirofagia atraía os olhares curiosos. O documentário sobre meio ambiente silenciou o local. E tudo corria na maior, muito bem.



Foi, no final das contas, um evento fantástico. Uniu o rock com o rap, o MPB com o reggae. O som alternativo com o som tradicional. Enfim, uma festa diversificada.


Pronto. O Provisório Coletivo Cultural estava formado. Estava atuando. E não parou, não.  E não vai parar, não.